Ainda soavam com força os versos
do poeta enquanto homem, do deserto enquanto vida, da erva enquanto negligência
para a continuação.
Apenas passar os dias junto de
algum ser admirável, sem que as lágrimas tivessem de dominar, era a meta a
atingir.
Uma nação inteira de zombies que
nem queriam comer-lhe o cérebro, algo de muito frustrante. Os dias passados em
mentiras sem que fosse permitido alcançar o desejo, era algo que apenas o
afligia a ele. Os peregrinos da sagrada loucura haviam assentado e como em
todas as fés e sobressaltos pela qualidade de vida, começavam a esquecer o
motivo que os havia levado a fazer o que haviam feito.
A terra prometida era apenas uma
aparência e as lágrimas banidas voltavam a manifestar-se, porventura por
alegria, ainda mais pela tristeza no ácido dos dias de Céu azul.
Jesus ia regressar à Terra, para
finalmente colocar em prática todo o amor que havia sido negado em tempos
primitivos. Afinal parecia que a história se repetiria e em vez de Pilatos a
lavar as mãos eternamente imundas ter-se-ia uma sondagem feita em dia de calor
intenso, convidativo para a praia e para o desleixo perante os deveres
primários.
Apenas uma obsessão pela terra
prometida, pelas receitas infalíveis de desejo. Ah sim! Era por demais
importante ter o desejo acima da própria auto-estima e até parecia fácil.
A malta juntou-se numa trip
alucinada e enviou as maleitas próprias por um cancro abaixo, fazendo renascer
a força de vontade no meio de um desespero sem igual. É apenas claro que não
podia existir um divórcio declarado entre as ideias e as negociatas próprias,
antes incentivar a necessidade de deixar de dar nas vistas, enquanto alguns se
pautavam pela segurança.
Dentro da cabeça e olhos tristes
apenas uma lágrima furtiva que caíra sem provocar danos irreparáveis em nada
importante.
Juntavam-se alguns violoncelos
mágicos e guitarras eléctricas da ponte que separa as terras do desejo e as
meninas que por lá habitavam apenas excitavam os rapazes com o melhor que
tinham de si mesmas, tudo para evitar o ácido corrosivo dos dias. Apenas era
necessário ver as horas, pegar nas armas do absurdo e aproveitar cada momento
antes que a morte interrompesse esse fluxo de prazer.
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